Flex-água: ferramenta para o ensino de água na perspectiva da aprendizagem significativa crítica na educação básica

Pesquisador/Autor

Me. José Antônio Bezerra de Oliveira

Currículo Lattes

http://lattes.cnpq.br/7503250496205583

Orientador

Prof. Dr. Paulo Tadeu Ribeiro de Gusmão

Coorientadora

Profa. Dra. Kátia Aparecida da Silva Aquino

Instituição de Ensino

Universidade Federal de Pernambuco

Resumo da pesquisa

Nesta pesquisa, realizada entre 2017 e 2018, abordou-se a importância da inclusão da comunidade surda na educação ambiental, com foco na temática da água. Foram exploradas questões relacionadas ao ensino de surdos em escolas regulares, as metodologias utilizadas e a eficácia da pedagogia visual nesse contexto. O objetivo era criar material educomunicativo digital acessível em Libras e português, composto por seis vídeos abordando tópicos como água, bacia hidrográfica, mata ciliar, água virtual, contaminação das águas e gestão compartilhada das águas. Espera-se que esses recursos promovam a sensibilização e conscientização sobre a água entre a comunidade surda, bem como entre profissionais que atuam com esse público, contribuindo para a gestão compartilhada dos recursos hídricos.

Palavras-chave

Teoria da Flexibilidade Cognitiva, Flexquest, TDIC, Água.

Link para acesso ao material original

https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32611

Link para acesso ao site “Flex-Água”

http://flexquest.ufrpe.br/projeto/6885/geral

Introdução

A água é mais do que uma simples molécula; é um bem ambiental e social que circula pela Terra em um ciclo contínuo e complexo. Mas você já se perguntou como esse ciclo hidrológico se entrelaça com nossas ações humanas? Ou como os dilemas da seca no semiárido nordestino podem ser abordados de maneira a criar cidadãos conscientes e engajados? Essas perguntas, e muitas outras, não apenas instigam nossa curiosidade, mas também demandam uma abordagem educacional inovadora e reflexiva.

Imagine uma estratégia pedagógica que não apenas eduque, mas também promova uma aprendizagem significativa e crítica. Uma estratégia que utilize a afinidade dos jovens com a tecnologia para explorar e flexibilizar seu conhecimento sobre questões ambientais vitais como a água. Estamos falando de “Flex-água”, uma ferramenta educacional desenhada para envolver os alunos na descoberta e na reflexão profunda sobre esse recurso indispensável à vida.

E se dissermos que essa abordagem já foi posta à prova e mostrou sinais promissores de enriquecer a compreensão dos alunos sobre o ciclo hidrológico, os impactos humanos e as estratégias sustentáveis para a gestão da água? Prepare-se para uma jornada de aprendizado que vai além dos livros didáticos e que tem o potencial de transformar nossos jovens em agentes de mudança, tanto social quanto ambiental. Curioso para saber mais? Então, continue lendo e embarque conosco nessa aventura pedagógica!

habilidades

EF06CI01 - Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.).

Este conceito pode ser integrado ao estudo da contaminação das águas e explicado de maneira visual e acessível.

EF07CI09 - Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde.

A relação entre a qualidade da água e a saúde pode ser um tópico explorado, especialmente no contexto da contaminação das águas.

EF09CI13 - Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas

Incentivar a comunidade surda a participar ativamente na gestão compartilhada dos recursos hídricos e na busca de soluções para problemas relacionados à água.

Organizando as atividades

Flex-Água

Temática

Escassez hídrica e sustentabilidade da água

Objetivos

  • Relacionar conhecimentos acerca do ciclo hidrológico e impactos antrópicos associados.
  • Conhecer os dilemas relacionados à seca no semiárido nordestino.
  • Promover reflexões sobre estratégias sustentáveis para a água.
  • Promover flexibilização dos conhecimentos relacionados à água como um bem ambiental e social.

Contexto

Ei! não sei se você já ouviu falar, mas um recurso essencial para os seres vivos é a água, seja no estado sólido, líquido ou gasoso. Este recurso tão precioso é um bem que para nós, humanos, garante-nos alimento, trabalho, lazer e desenvolvimento para nossas sociedades. Sem água não há desenvolvimento, não há biodiversidade, não há qualidade de vida.

No Nordeste do Brasil, a convivência das pessoas residentes nas regiões semiáridas com a escassez da água (seca) é um desafio que necessita de um enfrentamento cotidiano. Hoje, podemos observar que as secas não atingem apenas áreas do interior do Nordeste Brasileiro, mas também em cidades com climas que possuem características de maior precipitação histórica que os municípios do semiárido.  São necessários vários esforços para promover a sustentabilidade da água e você pode colaborar muito com isso!!

Assim, vamos navegar um pouco dentro desta temática e construir conhecimentos acerca do ciclo da água, situações de seca e estratégias para promoção do uso sustentável da água.

Casos e minicasos

O impacto da ação humana no ciclo da água

Lembra das mudanças de estado físico da água? Pois é, como a água possui características que facilitam a sua passagem de um estado físico para outro, é possível percebermos estes eventos numa espécie de caminho circular, que denominamos ciclo hidrológico, hídrico ou simplesmente ‘d’água’. A espécie humana infelizmente vem há muitos anos interferindo neste ciclo, trazendo prejuízos. Acesse o link abaixo e leia um pouco sobre o impacto da ação humana no ciclo da água.

Como a água existe em nosso planeta?

“Diferentemente do solo, do oxigênio, das plantas e outros recursos naturais, a água não se forma na superfície da Terra. Ela chegou até o nosso planeta, e com o ciclo natural que cumpre, mantém-se em reservatórios.

O que faz com que tenhamos água sempre a nossa disposição é a constante renovação dos reservatórios naturais, que são os rios, lagos, lençóis freáticos, os aquíferos, entre outros. Esses reservatórios são renovados com água das chuvas que são absorvidas pelo solo e mantem-se preservadas, evaporam-se novamente e caem em forma de chuva. Assim tem sido desde que a água está no planeta Terra.

Porém, com o passar dos anos as secas e os desequilíbrios ambientais, têm comprometido a quantidade de água disponível para o consumo humano e também para manutenção da vida no planeta.”

O ciclo da água

“O ciclo da água é resumido em evaporação, chuvas e reservatórios, porém, ele é mais complexo do que essa tríade aponta. A base do ciclo da água é essa, porém, alguns fatores favorecem as precipitações e também a penetração da chuva no solo.

Uma grande parte do vapor de água que se forma vem da transpiração de plantas, e também são elas, em especial as florestas e matas, que facilitam a água penetrar no solo. As raízes das plantas aeram a terra e suas copas minimizam o impacto da água no solo, com isso, ela penetra mais facilmente, e não escoa.”

Ações do homem influenciam no ciclo da água

“Nos locais desmatados a água bate no solo e escoa para os rios, uma pequena parte dela penetra no solo. O resultado é que a água da chuva, além de não abastecer nascentes e nem o subterrâneo, ainda escoa para os rios levando terra e resíduos sólidos, que causam o assoreamento de rios.

Além do desmatamento, o crescimento urbano desordenado também é um fator que influencia no ciclo da água. Nas cidades o solo é impermeável e a prática é eliminar a vegetação, ou seja, não há árvores para favorecerem a formação de chuvas e o solo não consegue absorver água das precipitações, com isso, acontecem os alagamentos, a água da chuva se mistura ao esgoto e lixo, e acaba poluída. É dessa maneira que vai parar no leito dos rios, e acaba contaminando sua água também.

Outra ação humana que influencia no ciclo da água é a emissão de gases poluentes. Os gases afetam a atmosfera e aquecem o planeta, esse aquecimento compromete todo o equilíbrio natural, que resulta em estações confusas, além de chuvas ácidas, que contaminam as águas superficiais, o solo, afetam a crescimento das plantas e causam danos patrimoniais.”

Como minimizar os impactos da ação do homem no ciclo da água?

“As variações climáticas sempre acontecerem nosso planeta, porém, eram mais sutis no passado. Atualmente as ações do homem, como a intensa exploração do planeta e seus recursos, as mudanças no ambiente e a emissão de poluentes, as características das estações além de estarem confusas, alteram-se com os anos.

Para voltar ao equilíbrio natural do planeta e consequentemente manter o ciclo da água, é essencial respeitar os limites do planeta, controlar a emissão de poluentes, adotar novas técnicas fabris, produtos menos poluentes, manter as matas e floretas, enfim, o homem precisa aprender a ver-se como parte da natureza e não encará-la como sua inimiga.”

No Nordeste Brasileiro chove, mas o sertão é seco

Se você entende sobre a geografia do Brasil, já deve ter refletido ou ouviu alguém comentar como é que pode o interior do Nordeste ser tão seco se de um lado da região está a Floresta Amazônica e do outro o Oceano Atlântico, ambos sistemas causadores de precipitação. Pois é! Vamos ler a notícia do link abaixo e, após, visitarmos os minicasos para entendermos melhor esta dinâmica climática.

https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2017/06/01/seca-e-chuva-ao-mesmo-tempo-entenda-os-climas-diferentes-do-nordeste.htm

Como acontecem as chuvas no Litoral do Nordeste

“Os meses de maio, junho, julho e agosto são os mais chuvosos na zona da mata e também no agreste nordestino. Essa chuva acontece no principalmente por causa do encontro de massas de ar úmidas do oceano Atlântico que sobem até o Nordeste. Ocorre um encontro entre essas massas úmidas e a massa de ar seca do continente, o que provoca as chamadas chuvas frontais. As chuvas da última semana caíram de maneira concentrada e acima do esperado em algumas cidades. A ocorrência de chuvas durante a época próxima ao inverno no litoral do Nordeste deve-se ao comportamento da massa de ar úmido do Atlântico. Para entender o raciocínio, é preciso saber que regiões de alta pressão atmosférica são aquelas que dispersam umidade, deixam o ar seco e reduzem chances de chuva. E regiões de baixa pressão atmosférica são aquelas que concentram umidade, ajudam a formar nuvens e favorecem chuvas. “No verão, a superfície continental aquece mais que o oceano e forma uma área de baixa de pressão”, explica Maicon Veber, meteorologista Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos). Com a área de baixa pressão no continente, o ar úmido do oceano se desloca e leva chuvas para o Sudeste e Centro-Oeste. “No inverno, acontece o contrário, a baixa pressão fica no oceano, a massa de ar se desloca saindo do continente, e a borda dela pega o litoral do Nordeste”, completa o meteorologista.”

Como acontecem as chuvas no semiárido?

“O sertão nordestino possui uma característica que dificulta muito a chegada de massas úmidas que provocam chuvas: a alta pressão atmosférica. ‘Zonas de alta pressão atmosférica são dispersoras de vento’, explica o geógrafo Márcio Castelan. ‘A massa de ar que vem do oceano não consegue entrar, encontra um bloqueio no semiárido’, completa. Há, contudo, uma época do ano em que pode ocorrer chuvas nas regiões de clima semiárido do Brasil.  ‘No Equador, o ar esquenta e sobe. Ao ganhar altitude, esfria, desce na região dos trópicos e se espalha. Forma assim os ventos alísios, que vão do trópico para o Equador’. O ponto de encontro entre esses ventos, a chamada zona de convergência intertropical, provoca chuvas, diz o professor. ‘No nosso inverno, essa zona de convergência se desloca para o Hemisfério Norte. E no verão, se desloca para o Sul e causa chuva na parte central do Brasil’, explica Castelan. É por esse motivo que as chuvas costumam ocorrer no semiárido no início do ano, nos meses de março e abril.”

Por que não choveu como deveria no sertão entre 2011 e 2017?

“A sub-região do sertão é caracteristicamente seca, com um pouco de chuva ocorrendo no início do ano. Contudo, mesmo essas poucas chuvas estão abaixo da média há 7 anos – o ano de 2011 foi o último com chuvas acima da média, e 2017 está sendo mais um ano seco. Cerca de 24 milhões de pessoas, em 1.133 cidades do semiárido, são diretamente afetadas por esta seca, que já dura sete anos. De acordo com Renata Tedeschi, climatologista do Cptec, a longa duração da seca deve-se a uma ‘combinação infeliz de vários fatores’. Houve em alguns anos, desde 2010, um aquecimento maior das águas do Atlântico Norte. ‘Quando isso ocorre, a zona de convergência se desloca para o Norte, fica mais próxica mais próxima do Equador, e não tem convergência de umidade para o Nordeste’, explica Tedeschi. Quando não houve esse aquecimento das águas do Atlântico, outro fator foi crucial para continuar impedindo a chegada de chuva no sertão. Trata-se do El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico e que causa alterações climáticas em diferentes regiões do globo. ‘O El Niño faz com que chova menos na região Nordeste’, diz a climatologista.”

A transposição do Rio São Francisco

Uma análise das condições climáticas do semiárido nordestino nos últimos anos apontam que seus períodos de estiagem estão aumentando. Isto faz soar um alerta sobre a qualidade de vida e o desenvolvimento das populações residentes nestas regiões. Sendo assim, nos últimos anos um projeto gigantesco foi projetado e está sendo executado pelos últimos governos brasileiros: a transposição do Rio São Francisco. Esta transposição tem o objetivo de deslocar parte das águas do rio São Francisco para várias regiões do Nordeste Brasileiro, a fim de aliviar os impactos da seca na região.

Acesse o link ao lado e leia sobre esta notícia: https://bit.ly/2mUCmo8

Quem é o Rio São Francisco?

“Também conhecido como Velho Chico, o rio São Francisco é um dos mais importantes do Brasil. Ele nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, atravessa a Bahia, Pernambuco e faz a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas antes de desaguar no Atlântico. Pela sua extensão e relevância, também é chamado de rio da integração nacional e escoa por paisagens muito diversas, incluindo os biomas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. É também muito importante do ponto de vista econômico. Devido sua característica perene, isto é, que nunca seca, propicia agricultura irrigada, pecuária e pesca, sendo o grande responsável pelo desenvolvimento das comunidades do seu entorno. Atualmente, a região destaca-se pela produção de frutas tropicais e também pela produção de vinho.”

Possíveis impactos positivos da transposição

“A segurança hídrica para a região semiárida brasileira é, sem dúvida, o maior dos proveitos. O aumento do abastecimento das áreas secas culminaria na elevação da produção de alimentos, queda da mortalidade de rebanhos e, portanto, favoreceria diretamente a produtividade e vida no campo. O impacto também se estenderia à saúde dos moradores da região, já que as águas do Rio São Francisco são de qualidade superior àquelas existentes nas bacias receptoras, diminuindo assim a incidência de doenças ligadas ao consumo de água imprópria.”

Possíveis impactos negativos da transposição

“O tema é controverso porque uma obra desse porte induz uma série de novas interações e impactos ambientais. Grande parte das críticas referem-se aos impactos negativos que a alteração traria para o ecossistema da região ao intervir no habitat natural de muitas espécies. Há também a possibilidade de salinização e erosão dos rios receptores devido ao volume de água repassado e o estado de fragilidade dos afluentes que alimentam o São Francisco. Logo, a transposição poderia ameaçar a sobrevivência do rio. Outro argumento é o de que a transposição serviria para expandir as fronteiras do agronegócio, beneficiando, sobretudo, latifundiários, pois grande parte dos canais passa por fazendas. Apenas 4% da água será destinada à população local, 26% ao uso urbano e industrial e 70% para irrigação da agricultura.”

O que é a transposição?

“É um projeto em andamento, sob a responsabilidade da federação, com o objetivo de direcionar parte das águas do rio para o semiárido nordestino. Apesar das obras terem se iniciado em 2007, a ideia da transposição é muito mais antiga: começou a ser discutida em 1847 por intelectuais do Império Brasileiro de Dom Pedro II. No modelo atual, prevê o desvio de 1% a 3% das suas águas para abastecer rios temporários e açudes que secam durante o período de estiagem. Para isso, conta com a construção de mais de 700 quilômetros de canais que farão o desvio do volume. A obra divide-se em dois grandes eixos. O Eixo Norte se encarrega de captar as águas em Cabrobó (PE) e levá-las ao sertão de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. O Eixo Leste, por sua vez, realizada a captação das águas em Floresta (PE) a fim de beneficiar territórios de Pernambuco e Paraíba.”

Reúso de água: uma alternativa sustentável

A água para uso humano não é um recurso inesgotável. A escassez dela é realidade para ao menos dois bilhões de habitantes da Terra. Nos últimos anos muitas cidades brasileiras sofrem com a falta de chuva e o racionamento de água. Neste contexto, uma alternativa para a economizarmos a água é o reaproveitamento da água em uso doméstico. Ao utilizarmos a água, ela acaba sendo descartada, quando poderia ser reutilizada. Assim, podemos unir o útil ao agradável: economia para o bolso e sustentabilidade pro ambiente. 

Acesse a notícia ao lado para conhecer sobre o tema: https://bit.ly/2HI5zS6

Vantagens do reuso de água residuária

“Se você parar pra pensar, nem toda água que você usa precisa ser potável, não é? Por exemplo: dar descarga, lavar o carro e o chão, irrigar plantações, regar jardins públicos e lavagem de rua são atividades que não haveria necessidade. 

O fator econômico é um dos principais pontos que motivam a população a buscar processos de reutilização da água, inclusive, segundo empresas de tratamento de esgoto, novas tecnologias que barateiam custos hídricos são incentivos, além é claro da maior conscientização ambiental. Condomínios residenciais, comerciais e indústrias, por exemplo, tem adquirido esse serviço.

Outra vantagem é que o reuso da água diminui a demanda sobre as fontes dela porque substitui a água potável por uma de condição inferior. Essa técnica é baseada na substituição dos mananciais, o que só é possível em função da qualidade da água requerida para um uso específico. Assim, uma grande quantidade de água potável é poupada, pois se utiliza água de qualidade inferior para algumas finalidades. Isso reduz a poluição de rios, lagos e mares, já que com o reuso, há a diminuição do esgoto.”

Formas de reuso da água

“Existem diversas formas nas quais o processo de reuso pode ser aplicado. Uma delas é na sua própria casa, onde a água do banho pode ser captada e usada tanto para lavagem de quintal quanto dar descarga em vasos sanitários. Se estivermos falando se uma empresa, a água usada em processos industriais pode ser tratada numa estação de tratamento de água da empresa e em seguida reutilizada no mesmo ciclo de produção. Além disso, existe também a utilização da água da chuva, onde ela é captada e usada para diferentes fins. Inclusive, alguns prédios já contam com esse sistema de captação e utilizam a água para limpeza do próprio .

A água é preciosa demais para que dela se faça somente um uso. O seu reuso está se firmando como uma fonte extremamente viável. Por isso, nós, da Legado Consultoria Jr, percebemos a importância que tem o processo de reuso da água, em diversos sentidos, e oferecemos o serviço de implantá-lo para você: seja no seu lar, indústria ou comércio.”

Utilização de água residuária: o que ser?

“A água residuária é a água descartada após utilização em diversos processos. Para realizar o reúso dessa água faz-se o tratamento, podendo ser usada para fins potáveis ou não.

A reutilização da água não é um método novo, ela vem sendo praticada há séculos em diversos lugares do mundo. Existem até mesmo relatos da utilização desse conceito na Grécia Antiga com a disposição de esgotos e sua utilização na irrigação. No entanto, de uns tempos pra cá a demanda por água potável tem dado a esse tema uma grande importância. Apenas 0,007% da água no planeta é própria para consumo humano e esta vem sendo poluída constantemente. Assim, deve-se considerar o reuso da água de forma mais abrangente, incluindo também a utilização eficiente, racional, e com controle de desperdícios da água.”

Questões

Reúso de água: uma alternativa sustentável

  1. A água que você toma hoje provavelmente já passou pela goela de algum dinossauro; pode ter vindo do xixi de Isaac Newton, de uma chuva de Londres em 1850 ou até do suor de um cantor famoso do século XX. Reflita e explique como isto é possível.
  2. Reflita sobre sua aptidão para morar no semiárido nordestino que ainda não foi agraciado pela transposição do São Francisco. Relacionando com o seu atual trato com a água, escreva quais seriam suas maiores dificuldades e discuta com a sua equipe.
  3. As plantas são grandes aliadas na conservação de cursos d’água e na formação de chuvas. Pense com sua equipe os porquês desta afirmação estar correta e relacione-os com os eventos de desmatamento.
  4. As variações climáticas de um outro continente ou dos oceanos (Atlântico e Pacífico) influenciam no regime de chuvas do Brasil. Argumente se é correto ou não afirmar que o Brasil pode resolver sozinho o problema da estiagem em suas regiões atingidas.
  5. As nossas ações podem ser vistas como “atitudes de vida” ou “atitudes de morte”. Escolha qual ‘atitude’ você classificaria as ações de construção de barragens e transposição do Rio São Francisco. Explique os motivos que lhe levaram a classificar assim.
  6. Além de reaproveitar água da chuva, indique outra alternativa viável que possa ser utilizada para aliviar os efeitos da estiagem.

Processo

Reúso de água: uma alternativa sustentável

Refletindo sobre a seca…

Revisite os minicasos e, junto com seus colegas, discuta sobre a situação econômica, ambiental e social dos moradores de áreas vitimadas pela seca e os efeitos da transposição do Rio São Francisco para eles.

Refletindo a relação entre sua comunidade e a água

A partir dos minicasos, releia-os e aponte como sua comunidade se relaciona com a água e se ela vem cuidando deste recurso de modo sustentável.

Estratégias para sustentabilidade da água

Revisite os minicasos e pesquise algum método/estratégia que poderia ajudar no uso sustentável da água.

Sensibilização para economia de água

Visite novamente os minicasos e pense o que sua equipe poderia fazer para sensibilizar os cidadãos a tomarem atitudes para economia da água.

Transferência

A partir dos conhecimentos que você construiu ao longo desta FlexQuest, se reúna com sua equipe e juntos elaborem um livrinho paradidático para as crianças do Ensino Fundamental sobre o tema abordado neste estudo.

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